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terça-feira, 26 de maio de 2015

Carta de Monseñor Romero al presidente Jimmy Carter

Juan José Tamayo//////////////////////////////////////////////////////// Adital//////////////////////////////////////////////////////////////// Poco más de un de un mes antes de ser asesinado, al enterarse por la prensa nacional de que Estados Unidos estaba estudiando la posibilidad de enviar ayuda económica y militar a la Junta de Gobierno de El Salvador, Romero escribió una carta al presidente de Estados Unidos, Jimmy Carter, en la que le expresaba su preocupación por que el Gobierno de los Estados Unidos estuviera estudiando la manera de favorecer la carrera armamentística de El Salvador con el envío de equipos militares y asesores. Si tal información se confirmara, escribe Romero, la medida de Estados Unidos "en lugar de favorecer una mayor justicia y paz en El Salvador agudiza sin duda la injusticia y la represión contra el pueblo organizado que muchas veces ha estado luchando por que se respeten sus derechos humanos más fundamentales”. El arzobispo de San Salvador acusaba a la Junta de Gobierno, las Fuerzas Armadas y los Cuerpos de Seguridad de El Salvador de que "solo han recurrido a la violencia represiva produciendo un saldo de muertos y heridos mucho mayor que los regímenes militares recién pasados”. Por eso pedía a Jimmy Carter que prohibiera dar dicha ayuda militar al Gobierno salvadoreño y que "su Gobierno no intervenga directa o indirectamente con presiones militares, económicas, diplomáticas, etc. en determinar el destino del pueblo salvadoreño”. Citando la Conferencia Episcopal Latinoamericana de Puebla, Romero consideraba deplorable e injusta la intromisión de potencias extranjeras en la trayectoria económica y política del país y reclamaba el derecho a la legítima autodeterminación. Dado su elevado nivel de concientización y organización, creía que el pueblo era el único capaz de superar la crisis en la que se encontraba el país y de asumir la gestión responsable del futuro de El Salvador. Numerosas fueron las muestras de solidaridad con la Carta que llegaron de diversos sectores del pueblo y de la Iglesia, entre ellos religiosas y sacerdotes que trabajaban pastoralmente en El Salvador y varios obispos latinoamericanos que expresaron a Romero su apoyo por dicho gesto de protesta, así como su solidaridad ante la destrucción de la emisora de la archidiócesis. La carta fue calificada de "devastadora” por un miembro del Gobierno de Estados Unidos. Calificativo que fue respondido por Romero diciendo que "no he querido devastar, sino simplemente, en nombre del pueblo, pedir lo que ya gracias a Dios parece ha hecho abrir los ojos a Estados Unidos”. Jimmy Carter le respondió con una larga misiva en la que justificaba su apoyo a la Junta porque "ofrece las mejores perspectivas” y afirmaba que "la mayor parte de la ayuda económica será en beneficio de los más necesitados”. No obstante, en la "ayuda militar, Estados Unidos reconoce desafortunadas actuaciones que ocasionalmente han tenido las Fuerzas Armadas en el pasado”. Y dirigiéndose a Romero Carter afirma: "Nos preocupa tanto como a Usted que no sea usado ese subsidio en forma represiva y que se trata de mantener el orden con un uso mínimo de fuerza letal”. La carta de Carter se refería a la necesidad de un ambiente menos beligerante y de menor confrontación y aseveraba que los Estados Unidos no interferirían en los asuntos internos de El Salvador. Mencionaba, además, la amenaza de guerra civil que presenta como alternativa a las reformas del Gobierno. Romero dio a conocer el contenido de la carta de Carter en la homilía del 16 de marzo de 1980 y también su valoración. Le parecía un juicio político discutible decir que la Junta de Gobierno de el salvador ofrecía mejores perspectivas. Sobre la injerencia de Estados Unidos en los asuntos de El Salvador, el comentario del arzobispo no podía ser más expresivo: "Esperamos que los hechos hablen mejor que las palabras”. Sobre la alternativa de guerra civil a las reformas de la Junta a la que se refería el Presidente estadounidense como amenaza, Romero creía que su tendencia era a crear psicosis, que no había que estar impresionados por una próxima guerra civil y que había otras alternativas racionales que era necesario buscar. Sobre la ayuda militar reclamaba una severa vigilancia "para que no redunde en represión de nuestro pueblo. Y esto es evidente porque la postura de la Fuerza Armada se ha ido, cada vez más, haciendo pro-oligárquica y brutalmente represiva”. La Carta de Monseñor Romero a Jimmy Carter demuestra que la denuncia profética del arzobispo de San Salvador no solo se dirigía al poder político, económico, militar y paramilitar de su país, sino que apuntaba al corazón mismo del Imperio norteamericano en la persona de su Presidente. /////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////Juan José Tamayo Director de la Cátedra de Teología y Ciencias de las Religiones "Ignacio Ellacuría” de la Universidad Carlos III de Madrid y director de la obra colectiva "San Romero de América, Mártir de la Justicia” (Tirant Lo Blanch, València, 2015)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Seminário Nacional sobre o Haiti: construindo solidariedade


Seminário Nacional em solidariedade ao Haiti acontece nos próximos dias 22 e 23 em São Paulo Haitianos que vivem atualmente no Brasil, moradores dos complexos do Alemão e Maré, do Rio de Janeiro, movimentos sociais, sindicatos, organizações diversas, estarão presentes no Seminário Nacional Sobre o Haiti: Construindo Solidariedade, que acontecerá nos próximos dias 22 e 23 de maio em São Paulo. A atividade marca o rechaço pelos 10 anos de ocupação das tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah) no país caribenho e intensifica as ações coletivas da Campanha Permanente de Solidariedade com o Haiti. A proposta deste seminário é ampliar a luta e fortalecer o posicionamento de que o Haiti não precisa de tropas para que sua população tenha sua soberania garantida. Para dar um contexto verídico e atual, o seminário contará com presença de haitianos vindos dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre e Amazonas, que darão seu depoimentos sobre aspectos políticos, sociais e econômicos do país. A ideia de fazer o seminário surgiu da necessidade de incorporar mais setores e organizações à Campanha para que as ações sejam mais incisivas, uma vez que desde que a Minustah ocupou o Haiti as denúncias de violações aos direitos humanos só aumentam, sem que as autoridades tomem as devidas providências pela retirada das tropas, que estão sob comando brasileiro. A presença de delegações de moradores dos complexos do Alemão e Maré, do Rio de Janeiro, será de extrema importância para a contribuição deste momento da Campanha e para entender o processo de militarização tanto no Haiti quanto o que vem se instalando nas favelas. Ao longo de todos estes anos de ocupação, o território haitiano também vem sendo usado como campo de treinamento para o exército brasileiro. O resultado disso são ações repressoras que se reproduzem nas favelas e comunidades brasileiras através das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Gisele Martins, comunicadora que mora na Maré, afirma que desde a implantação da UPP os/as moradores/as sofrem com vários tipos de violações aos seus direitos. Menciona também os casos de execuções feitas pelos policiais. “A UPP entrou aqui há um ano. São gastos exorbitantes para mantê-los na favela. Os dados da Polícia informam que nesse período foram 20 mortes, mas nós sabemos que esse número é bem maior. Há violações como invasão das casas, revistas constantes, mototaxistas são impedidos de trabalhar, precisamos pedir permissão da Polícia para fazer eventos que já fazem parte da nossa cultura de favela. Trata-se de uma criminalização da pobreza. Sem falar que eles atiram em qualquer horário, próximos de escolas, com moradores passando nas ruas”, fala Gisele. O Seminário surge, então, para aumentar o conhecimento sobre o contexto atual entre Haiti e Brasil, para que se possa avançar e fortalecer a campanha de forma unificada. Para ler a convocatória: http://www.jubileusul.org.br/nota/2834 Campanha de Solidariedade com o Haiti: http://www.jubileusul.org.br/temas/haiti Inscrições através do link: http://goo.gl/forms/HQu7QqYM9J (até o dia 18 de maio de 2015) Informações: secretaria@jubileusul.org.br Locais: Dia 22 de maio – Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, 1º andar, República – São Paulo) Dia 23 de maio – Defensoria Pública do Estado de São Paulo (Rua Boa Vista, 200, auditório térreo – São Bento – São Paulo) Programação Dia 22/maio 14h Mística, apresentação dos participantes, apresentação dos objetivos. 1º momento: 14h30 - Análise de conjuntura política sobre o contexto em que se encontra o Haiti na nossa região da América Latina e Caribe (contexto de militarização) e como o Brasil está atuando na região. 2º momento: 16h30 – Depoimento dos migrantes Haitianos convidados (5 min cada – PR, SC, RS, AC e AM) e depoimentos de moradores do Alemão e da Maré (Rio de Janeiro). 17h - apresentação do documento que orientará a Campanha de Solidariedade com o Haiti 3º momento: 19h30 – Roda de Conversa com os migrantes haitianos – dividiremos o grupo em dois para fazer as conversas nos dois locais. Dia 23/maio 9h 4º momento: Retomada dos acordos do documento para a Construção da Campanha permanente de Solidariedade – Basta de Ocupação - e a construção coletiva dos eixos e objetivos da Campanha, das ações, passos, materiais e agenda/datas, incidência no governo – construir um documento/carta para ser entregue nessas incidências (audiências na Câmara dos Deputados Federais, Secretarias, Ministérios, etc.), além de estratégias para fortalecer a campanha no Brasil e América Latina. - Provocação inicial para o trabalho em grupos - Trabalho em Grupos - Plenária - Debate e encaminhamentos. Encerramento às 16h. Contato Imprensa: Rogéria Araújo – (85) 86838141 Francisco Vladimir – (85) 99697804