As forças progressistas, da Teologia da Libertação, incluindo teólogos/as, pastorais sociais, Cebs, agentes de pastoral, religiosos/as, leigos e leigas, se mobilizaram para participar da Conferencia de Aparecida (2007) - uma des suas ações foi a Tenda dos Mártires, como espaço aberto, celebrativo, por 15 dias, enquanto durou a Conferência. A Tenda dos Mártires foi um alerta à toda Igreja para não esquecer seus mártires, sua caminhada, sua identidade de libertação.
Visualizações desde 2005
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
EUA: encíclica do Papa Francisco gera desconfiança entre conservadores
Estadão Conteúdo///////
Redação Folha Vitória
///////////
Nova York - Movimentos conservadores e parte do clero dos Estados Unidos têm aumentado sua desconfiança sobre a postura do papa Francisco, cuja última novidade vem a ser o lançamento de uma encíclica defendendo a luta contra a mudança climática.
O documento, usado tradicionalmente para os ensinamentos papais mais importantes, está sendo redigido há meses e terá como tema o meio ambiente. Francisco levantou o tema em sua viagem às Filipinas, onde disse o aquecimento global é, "em sua maioria", um feito do homem. Ele também afirmou que gostaria que sua encíclica fosse divulgada a tempo de ser digerida antes da próxima rodada das negociações climáticas das Nações Unidas, que acontecem em novembro, em Paris.
Mesmo antes das últimas declarações, diversos conservadores norte-americanos já haviam criticado o tema da encíclica. "O papa Francisco, e digo isso como um católico, tem sido um completo desastre em seus pronunciamentos sobre políticas públicas", escreveu Steve Moore, economista-chefe do The Heritage Foundation, um think-thank conservador. "Na economia, e ainda mais no meio ambiente, ele tem se aliado com a ultra-esquerda e abraçado uma ideologia que fará as pessoas mais pobres e menos livres."
Enquanto os papas João Paulo II e Bento XVI tinham forte posição em favor da proteção do meio ambiente, Francisco será o primeiro a enfrentar as mudanças climáticas de forma significativa. Ele já faz isso através de uma série de sermões, entrevistas e textos que têm desconcertado conservadores norte-americanos, acostumados a terem muitas de suas prioridades, aborto e casamento à frente, bastante ouvidas em Roma.
"Em sua maior parte, são conservadores que criticaram outros pontífices no passado por discordar das instruções papais contidas em suas encíclicas", afirmou David Cloutier, teólogo da Universidade de St. Mary. "Eles têm medo que o documento irá fazer algo definitivo com o qual eles não concordam. Isso os coloca em uma posição bastante difícil", disse.
As frequentes denúncias do papa contra o sistema financeiro global e outros temas levaram o radialista Rush Limbaugh a dizer que as posições econômicas de Francisco são "puro marxismo". O pontífice afirma que está simplesmente levantando ensinamentos da igreja sobre ajudar os pobres.
A defesa de causas ambientais faz Francisco entrar em um tema bastante espinhoso nos Estados Unidos, e se colocar em larga medida do lado dos democratas, mais abertos a considerar o aquecimento global um problema causado pelo homem. Recentemente, o senador republicano James Inhofe, que já chamou o aquecimento global de "farsa", foi escolhido por seus colegas como presidente do Comitê do Meio Ambiente e da Infraestrutura.
"O que os preocupa é a solução", afirma Anthony Leiserowitz, da universidade Yale. "As mudanças climáticas são um problema que exige ação coletiva. Vão precisar de mudanças nas políticas local, estadual, nacional e internacional", diz.
Para o reverendo James Bretzke, da Universidade de Boston, o documento deve falar mais sobre temas espirituais e morais, como o cuidado para com as criações de Deus com os pobres, que são mais afetados pelas mudanças climáticas. Ele também deve urgir por mais cooperação global para resolver o problema.
"O aquecimento global será aceito e sublinhado", afirmou Bretzke. "Acredito que a encíclica deva fazer insinuações éticas que podem deixar determinados setores desconfortáveis, de indústrias do primeiro mundo a economias emergentes como a China."
O papa deve falar nas Nações Unidas em setembro, meses antes da conferência de Paris. Ele já instou os negociadores a serem "corajosos." Fonte: Associated Press.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário