Entrevista especial com Johannes Röser
"A tradição não significa simplesmente apenas a recordação de coisas passadas, mas também a transmissão de coisas novas". O desafio do cristianismo, portanto, é buscar "a viabilidade no futuro".
Essa é a opinião do teólogo alemão Johannes Röser, redator-chefe da revista semanal Christ in der Gegenwart, fundada logo após a Segunda Guerra Mundial. A publicação busca, justamente, "acertar as contas" entre a Igreja de hoje com os demais campos do saber, uma forma de apresentar o "Cristo no presente", como indica seu nome.
Nesta entrevista, concedida por e-mail à IHU On-Line, Röser analisa a vida da Igreja contemporânea, passando pelos avanços e impulsos pós-conciliares, o papel dos bispos e das conferências nacionais, do sacerdote do século XXI e dos desafios que se colocam diante dos leigos na sociedade atual.
Para Röser, chegamos, como Igreja, a uma encruzilhada: "A rigor, só há duas alternativas: ou continuar se isolando dos desdobramentos da modernidade na ciência, na arte, na cultura, na sociedade, ou reconhecer as leis próprias da realidade, o mundo do devir, a mudança constante", afirma.
Johannes Röser é redator-chefe da revista semanal Christ in der Gegenwart (Freiburg im Breisgau, na Alemanha), fundada em 1948, como uma publicação de diálogo entre a Igreja e os cristãos com a ciência, a arte, a cultura e a política. Röser estudou teologia em Freiburg e em Tübingen (dentre outros, com Hans Küng e com os então professores e hoje cardeais Karl Lehmann e Walter Kasper). Trabalha como jornalista desde 1981. É autor e editor de diversos livros sobre religião. Os mais recentes são Mein Glaube in Bewegung: Stellungnahmen aus Religion, Kultur und Politik; Mut zur Religion: Erziehung, Werte und die neue Frage nach Gott; Was sag ich Gott? Was sagt mir Gott?; e Jugendgebete und Gedanken, publicados pela Editora Herder.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – O senhor afirma que uma das consequências da crise de confiança da Igreja Católica é o reforço do "antimodernismo romano". Como esse fenômeno se expressa concretamente?
Johannes Röser – Há mais tempo já se pode perceber que os acentos, colocados pelo Concílio Vaticano II, que apontavam para a frente estão sendo minimizados, bagatelizados, que os impulsos para a renovação e a reforma estão sendo "inseridos" em noções pré-conciliares. Um marco nesse sentido foi o documento Dominus Iesus da Congregação para a Doutrina da Fé. Ele interpreta o decreto sobre o ecumenismo do último Concílio de forma muito unilateral e restritiva, e nega o ser-Igreja das igrejas protestantes, o que mais tarde foi confirmado, uma vez mais, por um comunicado do Vaticano.
Outro passo da restauração foi a readmissão geral da liturgia tridentina como forma extraordinária de celebração. Nesse sentido, deve-se levar em conta que a liturgia tridentina se baseia em um modelo de compreensão espiritual que não é mais compatível com a atual experiência do mundo marcada pelo Iluminismo e pela demitologização – desde a ideia do sacrifício expiatório até noções mágicas e apegadas a milagres.
Por fim, veio a suspensão incondicional da excomunhão dos bispos de Lefèbvre, sem quaisquer exigências de conversão aos tradicionalistas e à sua postura acentuadamente antimodernista. Aliás, antes disso, muitos bispos já tinham advertido contra tal medida.
Também na ordem relativa a vestimentas e acessórios do atual papa, com sua predileção por vestes barrocas e música antiga etc., mostra-se uma certa aversão à modernidade. Durante certo tempo, Bento XVI usou o báculo de Pio IX (foto), o Papa do antimodernismo.
Acrescenta-se a isso o fato de que, apesar da acentuação da colegialidade dos bispos, a dignidade das Conferências Episcopais está sendo contestada e até minada. Cada vez mais, as Conferências Episcopais estão sendo consideradas meros órgãos administrativos ou consultivos, mas sem autoridade doutrinal. Além disso, tem-se a impressão de que, muitas vezes, os bispos são tratados como recebedores de ordens do Vaticano. Apesar disso, todo bispo tem em si, como sucessor dos apóstolos, autoridade e responsabilidade apostólicas.
Também a interpretação bíblica histórico-crítica foi recentemente relativizada e sofreu restrições por parte do papa Bento XVI em um texto pós-sinodal sobre a palavra de Deus dirigido ao Sínodo dos Bispos de 2008. Segundo ele, a exegese foi distorcida por uma compreensão secularista da Bíblia que exclui todos os elementos divinos.
Além disso, o magistério eclesiástico rejeita estritamente algumas pesquisas da biomedicina moderna. Entretanto, a história da medicina – assim como das ciências naturais de modo geral – prova que, na prática, todos os tabus eclesiásticos jamais erigidos não subsistiram a longo prazo, desde a proibição da autópsia de cadáveres – que atualmente não nos permitiria sequer operar um apêndice inflamado – até o ceticismo para com transplantes de órgãos e a proibição da contracepção hormonal, que, entrementes, se tornou um padrão no mundo todo.
IHU On-Line – Algumas das questões em voga atualmente no debate religioso são a moral sexual, o celibato e a questão dos divorciados. É possível encontrar uma solução conciliatória entre as reivindicações dos fiéis e as posições da Igreja institucional?
Johannes Röser – Essas três áreas devem ser separadas. Quanto ao celibato: também na parte latina da Igreja Católica mundial atua um número crescente de sacerdotes casados. Por exemplo, os que passaram de igrejas protestantes para a Igreja Católica e agora exercem nela o seu ministério eclesiástico. Alguns sacerdotes casados vieram da Igreja Anglicana. Agora, o papa até instituiu sedes episcopais próprias para anglicanos dispostos a trocar de Igreja, em que eles podem conservar suas tradições litúrgicas [os chamados ordinariatos pessoais]. Além disso, através dos muitos cristãos que fugiram do Oriente Próximo e do Oriente Médio, nós estamos conhecendo no Ocidente sacerdotes católicos casados das igrejas orientais unidas ao papa. Esses pastores não são “menos” sacerdotes nem sacerdotes “piores” do que aqueles da parte latina da Igreja.
"Para os cristãos, o acontecimento-Cristo é o centro da existência de fé. Buscamos uma mística que incorpore dimensões cósmicas"
Não se trata da abolição do celibato, que é e deve continuar sendo uma característica essencial da vida monástica. O que está em pauta unicamente é como se pode assegurar a celebração sacramental do mistério pascal face à forte carência de sacerdotes em muitos países mediante a liberação do celibato para sacerdotes seculares, para párocos. Qualquer outra coisa significaria que, com um número cada vez menor de sacerdotes, nós estaríamos a caminho de uma Igreja Católica livre, não obstante todo o respeito que tenho pelo caminho próprio em conformidade com o evangelho das igrejas protestantes livres. Além disso, precisamos de sacerdotes jovens – casados – para pessoas jovens – geralmente ainda não casadas –, inclusive como exemplo.
Quanto à moral sexual: graças às possibilidades contraceptivas, a sexualidade e a reprodução não estão mais vinculadas uma à outra. Por causa dos longos períodos de formação – também das mulheres – e da necessária mobilidade e flexibilidade profissional, os jovens, muitas vezes, só encontram o parceiro ou a parceira de vida bem tardiamente. Não é realista e também seria ingênuo esperar que as pessoas vivam em abstinência sexual até os 30 anos de idade ou até mais tarde. A sexualidade é uma parte essencial do amor, da atratividade e da capacidade de estabelecer relacionamentos dos seres humanos. Naturalmente, é desejável que as pessoas mantenham a fidelidade conjugal e a parceria matrimonial durante a vida inteira. Mas excluir rigorosamente o comportamento sexual nesse processo causa repulsa. O distanciamento dos jovens em relação à Igreja começa, na maioria dos casos, com o despertar da sexualidade. Por isso, a doutrina sobre a sexualidade deve ser repensada de acordo com o que é humanamente possível e faz sentido. A sexualidade é vida e determina toda a nossa vida, mesmo que o tempo para casar só venha bem mais tarde.
Algo semelhante se aplica aos divórcios. Nos países ocidentais, entrementes um de cada três casamentos termina em divórcio. Isso atinge igualmente os católicos. Naturalmente, pode-se criticar e lamentar que hoje em dia os casais se separem mais depressa do que antigamente, que a tolerância à frustração e a disposição para perdoar sejam menores, que exemplos errados tornem mais fáceis os divórcios e as trocas de parceiros. Contudo, as exigências feitas ao amor, ao relacionamento e à parceira também aumentaram, o que sobrecarrega muitas pessoas e acaba acarretando decepções. Entretanto, após um exame de consciência sincero, arrependimento, confissão de culpa, penitência e boa intenção, não se deveriam negar permanentemente o perdão e consolo dos sacramentos da Igreja a pessoas divorciadas que voltaram a se casar. Todavia, a Igreja poderia fazer mais para ajudar os casais em tempo hábil a renovar e salvar seu casamento.
IHU On-Line – Para o senhor, dois grandes problemas da Igreja são o seu fechamento e a sua distância com relação à realidade. Que papel os leigos podem ter para reverter esse quadro?
Johannes Röser – Existe uma vocação especial para o sacerdócio. E existe uma vocação igualmente divina para as profissões seculares. Muitos cristãos são atualmente especialistas em muitas áreas. Como cidadãos do mundo, eles não precisam procurar de propósito um diálogo forçado entre a Igreja e o mundo. Eles são do mundo, como cristãos. Como homem e mulher, como pais, eles são o primeiro sacerdote masculino e feminino de seus filhos. "Deus chega antes do missionário", disse Leonardo Boff certa vez. Os leigos chegam ainda antes do que o sacerdote. Entretanto, eles não substituem o ministério eclesiástico especial de direção espiritual. Alguns abismos entre leigos e clérigos, alguns casos de neoclericalismo constrangedor poderiam ser superados se o princípio sinodal fosse melhor cultivado também na Igreja Católica. Isso quer dizer que, em associações eclesiásticas, os leigos devem ter não só funções consultivas, mas também compartilhar do poder de decisão.
"Os impulsos para a renovação e a reforma [da Igreja] estão sendo 'inseridos' em noções pré-conciliares"
IHU On-Line – Como a Igreja pode encontrar um equilíbrio entre a tradição e a orientação ao futuro?
Johannes Röser – Voltando-se com rigor aos conhecimentos da atualidade e reconhecendo a evolução contínua do mundo, da vida, do saber e da fé. A consciência religiosa também se transforma no decorrer da história pessoal de vida e da história da humanidade. O chefe de Estado soviético Mikhail Gorbachev dizia: "A vida castiga quem chega tarde". Isso também se aplica ao cristianismo. A tradição não significa simplesmente apenas a recordação de coisas passadas, mas também a transmissão de coisas novas: temos de nos direcionar para a viabilidade no futuro.
IHU On-Line – Quais são as instâncias já existentes ou que novos âmbitos de diálogo precisam ser criados para que a "consulta recíproca sobre as necessidades" da Igreja, como o senhor afirma, possa ocorrer?
Johannes Röser – O ponto central e crucial é a questão de Deus. Há muito tempo, consolidou-se no sentimento de muitas pessoas uma espécie de ateísmo popular, sem qualquer intenção combativa, mas, antes, com melancolia e até com tristeza. Segundo ele, Deus, mesmo que existisse e o quisesse, não tem qualquer possibilidade de atuar e intervir no curso do mundo. Onde Deus estava quando não estava lá, por exemplo: por ocasião do tsunami, ou pelo 11 de setembro de 2001, ou no caso de vírus letais ou outras doenças, em relação aos quais o ser humano supostamente livre nada pode fazer? Na melhor das hipóteses, Deus é um grande "talvez" para muitas pessoas. Dizem elas: "Às vezes eu creio, às vezes não creio". É nesses mundos intermediários que a religiosidade ocorre atualmente, na maioria das vezes em uma esfera vaga, incerta, aproximada.
Ora, isso tem consequências para as nossas concepções de Deus. Hoje em dia, "Deus" é, para muitas pessoas, mais um verbo do que um substantivo, mais um acontecimento processual do que uma espécie de "sujeito" ou "objeto". As concepções de Deus anteriores não são mais suficientes para, face ao caráter enigmático do espaço e do tempo, ser tocado ou até abalado pela misteriosidade de Deus. Precisamos de uma escola, de uma nova visão e de um novo pressentimento religioso, justamente para pessoas reflexivas de boa vontade.
"Só há duas alternativas: ou continuar se isolando da modernidade, ou reconhecer a mudança constante"
Para os cristãos, o acontecimento-Cristo é e continua sendo o centro da existência de fé. Mas como a unicidade de Cristo pode ser associada à diversidade e ao caráter contraditório das outras percepções religiosas em todo o globo terrestre? Por que o Filho de Deus só veio a este mundo como Homo sapiens há 2 mil anos, se o Homo sapiens, o ser humano sapiente, já existia há pelo menos 100 mil anos, dotado de um cérebro complexo e inteligência cognitiva moderna? Assim, estamos e continuamos em busca de uma mística em torno de Cristo que, entre outras coisas, incorpore dimensões universais e cósmicas, mas sem se desviar especulativamente para o âmbito esotérico: uma mística que permaneça fiel à história e à terra.
O aguilhão decisivo da descrença é a mortalidade, a finitude. Com isso, porém, intensifica-se, por outro lado, nosso fascínio: que, apesar da mortalidade de tudo, exista algo e não nada, já que o nada seria muito mais plausível do que tudo que se faz sentir. O milagre do que é visível é, para muitas pessoas, bem mais maravilhoso do que o milagre daquilo que é invisível. Ora, se existe o milagre da vida – real – diante dos olhos de todos, por que não haveria de poder existir, na mesma lógica fraca, o milagre da vida eterna – objeto de esperança –, da ressurreição dos mortos? Aqui, para as pessoas crentes, abre-se o caminho para a esperança da ressurreição.
A fé em Deus, a fé em Cristo, a fé na ressurreição são os três campos de diálogo decisivos, os aspectos essenciais. Para isso, precisa-se de um novo entendimento no horizonte de nossa experiência do mundo e até um novo Concílio sobre questões de fé, semelhante aos antigos Concílios sobre questões de fé, que nunca transcorriam harmoniosamente, mas em disputa produtiva e frutífera. Isso também desafia a teologia.
IHU On-Line – Como o senhor analisa o papel das Conferências dos Bispos hoje? Ainda têm validade na conjuntura social e eclesial do século XXI? Como aumentar o diálogo entre as diversas Conferências?
Johannes Röser – Os bispos e as Conferências Episcopais falam demais sobre questões sociais, caritativas e políticas. Tudo isso é importante e necessário, particularmente a opção preferencial pelos pobres. Mas também é importante fazer os temas de casa eclesiásticos e religiosos e não desviar a atenção deles. Muitas crises religiosas são de produção própria. Seria importante revitalizar a tradição dos sínodos regionais, para se entender inicialmente com quem está geograficamente próximo. Disso poderia surgir então um processo sinodal abrangente, até se chegar a um concílio ecumênico. Não há como se esquivar disso.
"Alguns abismos entre leigos e clérigos poderiam ser superados se o princípio sinodal fosse melhor cultivado"
IHU On-Line – Como o senhor analisa a questão do sacerdócio hoje? Que papel os sacerdotes devem ter na Igreja contemporânea e que tendências o senhor percebe para o futuro do sacerdócio?
Johannes Röser – Face à grave carência de fiéis apesar dos 2 bilhões de cristãos nominais no mundo inteiro, a carência de sacerdotes não é um problema secundário. Sem proximidade pessoal, não há fé. Precisamos de algo diferente do "sacerdote administrador" ou do "sacerdote cultual" centrado nos sacramentos. Precisamos de "sacerdotes comunicadores", homens de Deus que sejam capazes de despertar e estimular a religiosidade que muitas pessoas carregam dentro de si em segredo, mas não ousam questionar. Visto que precisamos da melhor qualidade espiritual nesse caso, também precisamos da devida quantidade de qualidade sacerdotal.
O pároco-gerente, que documenta queixosamente seu ativismo com uma agenda superlotada, não interessa às pessoas. Da mesma forma, não interessa aos jovens de hoje um sacerdote-mago. Não, as pessoas da atualidade esperam e amam pastores repletos do Espírito, bem formados, que tenham experiência do mundo e estejam impregnados de Deus, em que se perceba que são realmente servidores de Deus, tanto em seus pontos fracos quanto fortes, que, como vocacionados, também tenham uma noção das vocações divinas dos servidores do mundo, dos grandes anseios e ciladas pecaminosas de toda e qualquer existência.
O sacerdote como servidor dos seres humanos deve ser primeiramente servidor de Deus para levar as pessoas, com autoridade e sensibilidade, para Deus, para chamar a atenção delas para Deus, para levá-las a redescobrir Deus. Os sacerdotes devem preparar as pessoas para o reino de Deus. De certa forma, eles são algo assim como parteiras do nascimento de Deus no ser humano. Eles não tiram do indivíduo o trabalho de parto religioso, mas o orientam com base no bom saber e na experiência profunda e, às vezes, intervêm para facilitar as coisas em meio ao processo doloroso. Os sacerdotes devem ser, nesse sentido, parteiras do religioso, com senso de liderança e responsabilidade de líderes, mas sem bancarem os sabichões.
"A tradição não significa apenas a recordação de coisas passadas, mas também a transmissão de coisas novas"
Uma nova reflexão sobre o fato de o sacerdote ser primordialmente homem de Deus (talvez, a uma certa altura, também mulher de Deus entre os católicos e ortodoxos) poderia libertar o elemento sacramental de suas históricas reduções mágico-mitológicas e abrir o sacerdócio para uma nova espécie de representação sacramental do mistério divino, que torne a matéria de nossa existência transparente para o espiritual divino, especialmente nos dons do pão e do vinho. O santo alimento da alma e a santa bebida celestial devem nos encaminhar para uma santa comunicação, a uma santa comunhão mística – união – de Deus e do ser humano. O sacramental pode, assim, tornar-se novamente antegosto de uma grande promessa sacerdotal, para além da morte. Na celebração do sacramental, dos mistérios da salvação, poderá de fato transparecer, então, algo daquele além que ilumina a realidade deste mundo, em uma nova relação mais profunda com Cristo.
IHU On-Line – Que cenários futuros da Igreja o senhor prevê no confronto ou diálogo com a contemporaneidade?
Johannes Röser – A rigor, só há duas alternativas: ou continuar se isolando dos desdobramentos da modernidade na ciência, na arte, na cultura, na sociedade, ou reconhecer as leis próprias da realidade, o mundo do devir, a mudança constante. A compreensão da fé também tem que enfrentar as mudanças de paradigma, a mudança dos modelos conceituais, para preservar o futuro do cristianismo. Nesse sentido, ele também precisa aprender de novo a ser modesto para com o mundo, para com as pessoas, para com Deus. Jesus Cristo é o ícone do Deus desconhecido, e não simplesmente de alguém que se conhece bem. O pesquisador do cérebro Gerhard Roth disse certa vez: "Se Deus existe, ele é inteiramente diferente do que qualquer teólogo do mundo imagina". Eu acrescento: também inteiramente diferente do que alguns não crentes imaginam por "Deus".
Ser cristão significa tornar-se cristão. Isso se aplica às primeiras pessoas que creram em Jesus Cristo da mesma forma como se aplica a nós no terceiro milênio. Nossa esperança é grande.
(Por Moisés Sbardelotto. Tradução de Luís Marcos Sander)
As forças progressistas, da Teologia da Libertação, incluindo teólogos/as, pastorais sociais, Cebs, agentes de pastoral, religiosos/as, leigos e leigas, se mobilizaram para participar da Conferencia de Aparecida (2007) - uma des suas ações foi a Tenda dos Mártires, como espaço aberto, celebrativo, por 15 dias, enquanto durou a Conferência. A Tenda dos Mártires foi um alerta à toda Igreja para não esquecer seus mártires, sua caminhada, sua identidade de libertação.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
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